quarta-feira, 27 de abril de 2011

Aleluia! Cristo Ressuscitou!

Aleluia! Cristo Ressuscitou!

Com o canto do aleluia, somos convidados a celebrar este Tempo Pascal, na alegria de Cristo Ressuscitado.
Aleluia é uma transliteração do hebraico (Halləluya ou Halləlûjāh. A primeira parte da palavra “Hallelu” significa "Louvem! Adorem!" ou "Elogio"; a segunda parte da palavra é “Yah” ou “Jah”, uma forma abreviada do nome de Deus em hebraico: Javé. “Yah” ou “Jah” constitui a primeira metade do Tetragrama “YHWH” ou “IHVH”, ou ainda “JHVH”,  o nome de Deus na Bíblia, pronunciado em português como Iawé ou Javé. Portanto, aleluia significa "Louvemos o Senhor", ou "Adoremos a Deus Javé", ou "Elogio a Deus Javé".
Cristo ressuscitou dos mortos, nele o mundo se reergue. Os laços do pecado foram rompidos pela Cruz; os laços da morte não mais nos detêm. Morremos com Ele para este mundo. Somos chamados a uma vida nova, a vida daquele que ressuscitou dos mortos.
O aleluia que ressoará em nossas liturgias durante os cinquenta dias deste Tempo Pascal quer exprimir a alegria da nova criação, em que todas as coisas se tornaram novas.
Na noite da saída do Egito, a primeira Páscoa, o povo de Israel cantava com a alegria o HallelujahLouvemos o Senhor que nos libertou. Hoje, todo o mundo é conviodado a cantar novamente: Aleluia! O Senhor Ressuscitou! Fomos salvos e libertos para sempre. Passamos da escravidão do pecado para o mundo da gloriosa liberdade de filhos e filhas de Deus, sobre os quais a morte e o mal não têm mais poder.
Este é o “Tempo do Aleluia”, da libertação dos filhos e filhas de Deus, da nova vida nascida do Espírito, da inauguração do Reino de Cristo, “Senhor” na sua ressurreição, sentado à direita do Pai.
O Cristo está misteriosamente presente na Igreja, sobretudo nos sacramentos pascais. Os cinquenta dias do tempo pascal, são uma festa ininterrupta – do dia de Páscoa até o Dia de Pentecostes – como um único dia, o dia que contempla todos os dias, um dia que não tem começo e não terá fim, porque “este é dia que o Senhor fez para nós. Alegremo-nos e nele exultemos” (Sl 118,24). Assim, os dias do Tempo Pascal são uma celebração antecipada dos bens do céu, “do tempo da alegria que virá em seguida, do tempo do repouso, da felicidade e da vida eterna” (Santo Agostinho).
Ainda, segundo Santo Agostinho, “hoje cantamos o Aleluia pelo caminho. Amanhã, será o Aleluia da Pátria. Hoje, cantamo-lo, não para alegrar nosso repouso, mas para mitigar nosso fardo”. E prossegue o insigne santo: “Canta como o viajante. Canta, mas caminhando. Esquece o cansaço cantando, porém, toma cuidado com a preguiça. Canta e caminha”.
Celebrando a Eucaristia neste Tempo Pascal, somos chamados a reconhecer todas as manifestações de Jesus ressuscitado em sua Igreja. Somos chamados a nos tornar instrumentos dessas manifestações, como mebros do “Povo Sacerdotal”. Somos chamados a dar graças ao Pai pela contínua presença de Jesus Ressuscitado entre nós.
A morte e ressurreição de Jesus é o  acontecimento definitivo que completou os tempos. Para os homesn e mulheres, a salvação é a proposta de Deus contemplada plenamente no Senhor ressuscitado. Não há mais que procurar a salavação em outra parte, nem que esperá-la do futuro. O Cristo ressuscitado é a salvação do homem.  E, Ele está na origem da Igreja, que celebramos em Pentecostes, pois sem a experiência do ressuscitado, sem a experiência da ressurreição os apóstolos não teriam nada para anunciar. Ele, ressuscitado continua e continuará até o fim dos tempos na sua Igreja. Por isso, o apóstolo é chamado a assumir-se como testemunha da ressurreição.
Somos chamados a ser apóstolos do Senhor ressuscitado. Vivamos a Páscoa. Anunciemo-la com nossa vida.
Feliz Páscoa a todos!
Pe. José Eduardo Meschiatti
Assessor da Pastoral Vocacional