segunda-feira, 6 de junho de 2011

Retiro para Leigos (as) Com Dom Antonio Celso

Retiro Para Leigos (as) com Dom Antonio Celso


Cerca de 60 pessoas participaram do retiro para leigos, orientado por Dom Antonio Celso de Queirós no colégio Notre Dame, no último sábado, 28. Dom Antonio Celso abordou temas como Jesus Cristo - fonte da fé, vida eclesial, opção pelos pobres e vocação leiga na Igreja do Brasil.
O Encontro foi encerrado com a celebração da Eucaristia, presidida por Dom Antonio que emocionou-se às demonstrações de carinho e admiração dos participantes. A equipe do Boletim Informativo o entrevistou e disponibiliza a entrevista abaixo:

Boletim Informativo: Dom  Antonio, sua assessoria neste retiro teve como mola propulsora a vida essencialmente cristã e uma espiritualidade efetivamente Cristológica.  Como seguir isso diante do ativismo que assola o mundo moderno?
Dom Celso: Diante de minha experiência de vida e de fé, acredito que devemos dedicar um maior tempo para conhecer a pessoa de  Nosso Senhor Jesus Cristo, pois o conhecemos pouco. Conhecê-lo significa participar mais de sua vida, tornando-se intimo dele, na oração, do diálogo com os irmãos e irmãs e na prática pastoral. Devemos buscar
 na bíblia, nos livros e na experiência pastoral um maior aprofundamento sobre o Homem de Nazaré.

Boletim Informativo: A Arquidiocese de Campinas é marcada por uma multiforme realidade; de um lado vemos um dos maiores polos tecnológicos do país, de outro lado vemos pessoas que ainda não têm o mínimo para sua sobrevivência. Diante disso, como manter uma pastoral eficaz que dignifica o homem ao mesmo tempo que o evangeliza?
Dom Celso: Carlos Mesters, um grande evangelizador, afirma que a nossa evangelização não dá muito resultado, pois não conhecemos muito bem o povo que evangelizamos, e quando diz resultado, não se refere a quantidade e sim à qualidade da evangelização. Diante da nossa sociedade, não basta somente ter a cabeça nos ensinamentos do Cristo, mas também os pés. É preciso ter os pés onde os pobres os tem. Se isso não acontecer, uma opção pelos pobres, como conceito evangélico, não será eficaz e muito menos Cristológica. 

Boletim Informativo: Dom Antonio, você foi padre em Campinas, posteriormente ficou bispo, assumindo a uma das regiões episcopais em São Paulo, depois bispo de Catanduva, quando tornou-se secretário e vice-presidente da CNBB. Como a arquidiocese de Campinas é vista em seu  contexto pastoral, na Igreja do Brasil?
Dom Celso: Bom, hoje eu não tenho muita segurança para dizer, pois não estou mais tão ligado aos organismos nacionais, mas posso afirmar que a Arquidiocese de Campinas sempre foi vista como uma Igreja de proa, ou seja, uma Igreja à frente, com as mudanças e renovações à luz do concílio. Inclusive, quando eu estava em Campinas, os fundamentos para a divisão da diocese foram lançados afim de criar, posteriormente, a diocese de Limeira depois a diocese de Amparo. Naquela época, já pensávamos que Campinas iria crescer muito  - o que nos deu o medo de que as dioceses vizinhas ficassem esquecidas, o que não aconteceu. A diocese de Campinas é muito querida. Aqui cheguei com doze anos e ela sempre me acolheu muito bem. 
Deixo a todos minha bênção e meu abraço afetuoso a Dom Bruno Gamberini, arcebispo metropolitano da querida Arquidiocese de Campinas.