Bento XVI encontrou-se neste sábado com cerca de mil seminaristas de todo o mundo, reunidos na catedral Almudena, em Madri, com quem insistiu na importância de que seu futuro ministério seja coerente com o testemunho de vida.
O caminho do sacerdócio “requer coragem e autenticidade” – explicou o Papa –, sublinhando a necessidade de que avancem para o sacerdócio somente se estiverem “firmemente persuadidos de que Deus vos chama para ser seus ministros e plenamente decididos a exercê-lo obedecendo às disposições da Igreja”.
O pontífice afirmou que os anos de preparação para o sacerdócio “devem ser anos de silêncio interior, de oração permanente, de estudo constante e de progressiva inserção nas atividades e estruturas pastorais da Igreja”.
“Nós devemos ser santos para não gerar uma contradição entre o sinal que somos e a realidade que queremos significar”, afirmou. Por isso, convidou-lhes a viver o tempo do seminário “com profunda alegria, em atitude de docilidade, de lucidez e de radical fidelidade evangélica, bem como numa amorosa relação com o tempo e as pessoas no meio de quem viveis”.
Por outro lado, pediu que os jovens não tenham medo de uma sociedade que se mostra contrária aos valores cristãos. “Ninguém escolhe o contexto nem os destinatários da sua missão. Cada época tem os seus problemas, mas Deus dá em cada tempo a graça oportuna para os assumir e superar com amor e realismo”, disse.
